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Problemas dermatológicos

Os animais também podem desenvolver problemas dermatológicos. A demodiciose canina é um exemplo, sendo conceituada como uma doença parasitária de grande ocorrência em pets de pequeno porte. É causada por um ácaro chamado Demodex Canis, que se aloja no folículo piloso e passa a se alimentar da ceratina e do sebo produzido na pele. A manifestação clínica dessa enfermidade está relacionada a fatores hereditários e a doença geralmente aparece na juventude, podendo se manifestar de forma espontânea ou secundária a outra enfermidade. Surtos em adultos podem ocorrer, sendo estes secundários.

Os primeiros sinais clínicos costumam ser a perda de pelo em áreas específicas, que podem provocar, ou não, coceiras (alopecia não pruriginosa ou pouco pruriginosa). Inicialmente, as lesões são localizadas na região frontal da face, patas e região cervical ventral. Nos atópicos, o prurido costuma ser intenso, sendo esse sinal clínico de grande importância. Em casos mais severos, pode haver contaminação das lesões e consequente evolução para foliculite, furunculose e celulite.

O diagnóstico é feito através de raspado cutâneo e parasitológico de pele, no qual pode ser visualizado o ácaro em diferentes estágios de evolução (ovos, forma imatura e adulta). O tratamento consiste no uso de antiparasitários, produtos tópicos (xampus) e tratamento sintomático (antibióticos, anti-histamínicos, anti-inflamatórios, suplementos, etc), que varia com cada caso. É fundamental ainda ter o acompanhamento por um médico veterinário durante todo tratamento, que deve ser feito por um período mínimo de seis semanas. O paciente só recebera a alta após três raspados cutâneos negativos para o parasita.

Os portadores devem ser retirados da reprodução, já que o caráter hereditário é fundamental na manifestação da doença. É importante lembrar sempre que a cura clínica não significa a cura parasitológica.